Ranking 2024
8/ 180
Nota: 85,59
Indicador político
5
89.86
Indicador econômico
7
77.00
Indicador legislativo
18
80.45
Indicador social
6
86.61
Indicador de segurança
9
94.05
Ranking 2023
2/ 180
Nota: 89,91
Indicador político
2
93.91
Indicador econômico
7
82.11
Indicador legislativo
19
82.55
Indicador social
3
94.03
Indicador de segurança
2
96.94

O clima geral para a liberdade de imprensa na Irlanda é positivo, com os jornalistas podendo trabalhar livremente e sem interferências. Contudo, o futuro do financiamento da mídia, sobretudo da emissora pública RTE, é motivo de preocupação.

Cenário midiático

A elevada concentração que há muito caracteriza a propriedade dos meios de comunicação na Irlanda, em detrimento da liberdade de imprensa, passou nos últimos anos por uma transição bem-vinda a um maior pluralismo. A venda da participação do empresário Denis O'Brien no Independent News & Media (INM) em 2019 e na Communicorp em 2021 abriu o panorama midiático a mais concorrência e diversidade.

Contexto político

A Comissão sobre o Futuro dos Meios de Comunicação criada pelo Dáil Éireann (a Assembleia irlandesa) em outubro de 2020 publicou finalmente o seu relatório em 2022. O governo aceitou 49 das 50 recomendações da Comissão, incluindo um novo Fundo para os meios de comunicação e o apoio ao jornalismo que cobre a democracia local. No entanto, uma questão fundamental em torno do financiamento do serviço público RTÉ permanece por resolver, sendo que o debate foi alimentado por um escândalo relativo aos salários na emissora.

Quadro jurídico

O relatório que recomenda a proteção mais precisa do jornalismo de interesse público e o estabelecimento de mecanismos anti-SLAPP (Strategic Lawsuit Against Public Participation ou processos mordaça), amplamente elogiado, deve virar projeto de lei em 2024. Contudo, a abolição dos júris em casos de difamação gera algumas preocupações. O principal partido da oposição, o Sinn Fein, foi criticado por usar o processo de difamação para amordaçar os jornalistas.

Contexto económico

As emissoras e meios de comunicação irlandeses, especialmente os títulos regionais, continuaram a enfrentar dificuldades econômicas significativas nos últimos anos. O governo ainda não tomou as medidas decisivas necessárias para reformar os mecanismos de financiamento doa RTÉ e outros meios de comunicação.

Contexto sociocultural

Na Irlanda, os jornalistas gozam de grande liberdade de trabalho, sem barreiras culturais significativas.  A abolição da blasfêmia por referendo em 2018 – que entrou em vigor em 2020 – tornou possível descriminalizar a publicação de “declarações blasfemas, sediciosas ou indecentes” e abolir o crime de difamação contra qualquer religião – um progresso bem-vindo.

Segurança

Ocasionalmente, jornalistas irlandeses relataram que sua segurança foi ameaçada por grupos criminosos.  Mas nenhum caso significativo foi relatado nos últimos anos. Os ataques a jornalistas nas redes sociais estão gerando alguma preocupação. Desde a lei Garda Siochana de 2005, é quase impossível entrevistar fontes policiais: ela proíbe a polícia de falar com jornalistas sem autorização prévia, sob pena de demissão, multa ou até sete anos de prisão.

Ataques em tempo real na Irlanda

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