Ranking 2024
11/ 180
Nota: 83,8
Indicador político
9
87.74
Indicador econômico
13
71.53
Indicador legislativo
34
77.56
Indicador social
10
85.32
Indicador de segurança
1
96.83
Ranking 2023
20/ 180
Nota: 81,98
Indicador político
10
87.42
Indicador econômico
18
71.94
Indicador legislativo
45
76.77
Indicador social
34
82.10
Indicador de segurança
14
91.67

O panorama midiático luxemburguês está sendo redefinido após a votação, em 2021, de um novo regime de auxílio à imprensa. Esta goza, em princípio, de uma verdadeira liberdade de exercício, mas a proximidade dos interesses dos jornalistas com o poder político e econômico limita a sua expressão.

Cenário midiático

A RTL domina o cenário midiático de Luxemburgo. Seja através da televisão, rádio ou Internet, este grupo, financiado em 10 milhões de euros pelo Estado – ou seja, tanto quanto os auxílios estatais pagos a toda a imprensa –, alcança todas as semanas uma grande maioria da população. O diário Luxemburger Wort, comprado da arquidiocese em 2020 por uma editora belga, é lido cotidianamente por cerca de um quarto da população residente. O segundo diário mais lido, L’Essentiel, é gratuito. No sul do país, o veículo Tagblatt, de propriedade de um sindicato de esquerda, está em declínio.

Contexto político

A monarquia parlamentar de Luxemburgo é liderada por um governo social-cristão desde o final de 2023. O primeiro-ministro, Luc Frieden, levou a cabo uma reformulação pró-empresarial do Luxemburger Wort, cuja linha editorial ele teria tentado orientar enquanto era presidente do grupo de mídia Saint-Paul. Durante muito tempo, cada partido se beneficiou de um jornal de “obediência” e, embora essas filiações tenham terminado, os vínculos de subordinação parecem persistir. Os meios de comunicação geralmente trabalham de forma independente e os jornalistas gozam de certa liberdade em relação ao poder político. 

Quadro jurídico

A lei luxemburguesa garante a liberdade de expressão e a proteção das fontes. O governo luxemburguês prometeu aos representantes dos meios de comunicação, para 2024, uma lei que garanta o acesso à informação pública, limitada nos últimos anos devido à proteção dos dados pessoais.

Contexto económico

Os principais diários sofreram nos últimos anos um declínio nas assinaturas e na publicidade, o que os obrigou a reorientar suas atividades. Em nome do pluralismo, uma lei aprovada em 2021 prevê uma ajuda a cada jornalista de 30 mil euros por ano e um montante fixo de 200 mil euros por publicação. Os meios de comunicação, numerosos diante da dimensão limitada do mercado nacional, continuam, no entanto, sob pressão, e a pequena dimensão do Grão-Ducado favorece conflitos entre o trabalho da imprensa e os diversos interesses econômicos.

Contexto sociocultural

A imprensa é amplamente lida em Luxemburgo, com os jornalistas gozando de um crédito considerável entre a população, entre os melhores da União Europeia, segundo a Comissão Europeia. O sigilo bancário e a evasão fiscal há muito são tabus na imprensa nacional. Quando as revelações jornalísticas do LuxLeaks lançaram luz sobre a indústria de otimização fiscal luxemburguesa graças a dois funcionários de uma empresa de auditoria, um deles, Raphaël Halet, foi multado pela justiça.  Em 2023, ele foi finalmente reconhecido como denunciante pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (CEDH), que condenou Luxemburgo por violar a liberdade de expressão.

Segurança

No contexto da pandemia de Covid-19, alguns jornalistas têm sido ameaçados nas redes sociais ou intimidados no entorno de protestos contra as restrições sanitárias. Embora o governo tenha pretendido legislar sobre o assunto, não existe atualmente nenhuma lei para condenar essas ações.