Ranking 2024
45/ 180
Nota: 70,11
Indicador político
41
66.52
Indicador econômico
40
57.92
Indicador legislativo
90
61.35
Indicador social
55
71.43
Indicador de segurança
11
93.33
Ranking 2023
44/ 180
Nota: 71,29
Indicador político
42
70.31
Indicador econômico
46
56.86
Indicador legislativo
95
60.38
Indicador social
63
75.00
Indicador de segurança
9
93.89

O Reino de Tonga é uma monarquia constitucional. Desde as primeiras eleições democráticas de 2010, os meios de comunicação independentes, gradualmente, entenderam a extensão de seu papel como contrapoder. Alguns líderes políticos, no entanto, não hesitam em processar aqueles que os incomodam. 

Cenário midiático

Dada a dispersão das ilhas neste arquipélago do Pacífico, a imprensa de papel é quase inexistente. Essa lacuna é ocupada pela Tonga Broadcasting Commission (TBC), propriedade do Estado, que opera a Television Tonga e a Radio Tonga em torno do slogan “A voz das ilhas amigas” (“Call of the Friendly Islands”).  Do lado da imprensa online, o cenário é dominado pelo portal Matangi Tonga, bem como o site de notícias baseado na Nova Zelândia,  Kaniva Tonga.

Contexto político

Neste pequeno arquipélago de 100 mil habitantes, o estado da liberdade de imprensa é diretamente afetado pelas mudanças políticas. A reeleição do partido do ex-primeiro-ministro Samiuela 'Akilisi Pohiva, durante as eleições legislativas de novembro de 2017, decorreu num contexto de crescente tensão com os jornalistas, em particular os da TBC, cujas editoras-chefes foram afastadas do meio de comunicação sob pressão do governo. A chegada de Siaosi ʻOfakivahafolau Sovaleni à frente do governo em dezembro de 2021 marca uma nova etapa para os jornalistas tonganeses, que aguardam compromissos concretos para poder exercer a sua profissão de forma independente.

Quadro jurídico

A liberdade de imprensa é garantida pela Constituição, mas sua aplicação é mais errática.  A década que se seguiu ao ímpeto democrático de 2010 foi marcada por um constante endurecimento da legislação relativa à mídia. Em 2015, o governo criou um órgão regulador da Internet que permite bloquear sites sem o parecer de um juiz. Adotada em 2020, a lei contra crimes eletrônicos pune o assédio cibernético com três anos de prisão, sem que seja apresentada uma definição satisfatória. Mais recentemente, o Ministério da Informação e das Comunicações adotou discretamente oito regulamentos liberticidas contra a imprensa que, basicamente, penalizam a divulgação de informações ditas “sensíveis” e protegem quem está no poder.

Contexto económico

A viabilidade económica dos meios de comunicação tonganeses é extremamente volátil e, diante da ameaça de sufocamento financeiro, alguns jornalistas sentem-se obrigados a se autocensurar para não contrariar os anunciantes, a começar pelo Estado. A situação agravou-se no início da década de 2020: além de ter sofrido o impacto econômico da pandemia de Covid-19, a infraestrutura mediática do arquipélago foi devastada pela erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha'apai e o consequente tsunami, em 15 de janeiro de 2022.

Contexto sociocultural

Na última década, Tonga evoluiu no que diz respeito aos direitos das mulheres e seu papel na mídia, às vezes, em sua direção. Certos assuntos, no entanto, permanecem tabu, como o uso da tortura pela polícia, a abolição da pena de morte ou a persistência da prática de casamentos infantis.

Segurança

Os jornalistas não temem estar fisicamente em perigo no exercício da sua profissão e são relativamente pouco afetados pela possibilidade de processos judiciais. Essa situação, no entanto, esconde fenômenos significativos de autocensura dentro de uma comunidade nacional muito fechada. Em um contexto econômico difícil, muitos jornalistas se preocupam principalmente com sua sobrevivência financeira. A Associação de Mídia de Tonga desempenha um papel fundamental na defesa da liberdade de imprensa.

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