Ranking 2024
179/ 180
Nota: 17,41
Indicador político
177
14.35
Indicador econômico
177
19.69
Indicador legislativo
171
23.75
Indicador social
177
17.72
Indicador de segurança
180
11.55
Ranking 2023
175/ 180
Nota: 27,22
Indicador político
169
33.65
Indicador econômico
174
25.49
Indicador legislativo
170
24.34
Indicador social
171
29.55
Indicador de segurança
177
23.07

Neste país em guerra há mais de uma década, os repórteres têm acesso negado a faixas inteiras do território. Ferramentas de divulgação da ideologia baathista, os meios de comunicação estão fechados ao pluralismo, empurrando muitos jornalistas para o exílio.

Cenário midiático

A imprensa do governo nacional, difundida no rádio, na televisão e na imprensa escrita, retransmite a propaganda do Estado sob orientação da todo-poderosa agência de notícias SANA. Para os demais meios de comunicação, o Facebook e as redes sociais continuam sendo a principal ferramenta de distribuição das publicações, por serem de difícil controle, embora monitorados. Um terço da mídia independente ou da oposição está agora no exílio, como o Enab Baladi.

Contexto político

Bashar al-Assad e o Partido Ba'ath controlam a maior parte da imprensa síria. A revolução de 2011, no entanto, dividiu o cenário da mídia em dois campos: pró-governo e mídia independente. Durante os primeiros protestos, o governo proibiu a entrada da mídia internacional e independente no país. A falta de formação e independência financeira dos jornalistas obriga-os a permanecer sob a tutela política do governo.

Quadro jurídico

A Lei de Cibercriminalidade de 2021, alterada em 2022, permite que as autoridades sancionem jornalistas por "divulgação online de notícias falsas que prejudicam o prestígio da nação". Em 2011, a lei de mídia já havia fortalecido o controle governamental sobre as redações, enquanto a lei de proteção contra a revolução promulgada em 1965, a lei antiterrorismo de 2012 e o código penal geral são ameaças à liberdade de imprensa. 

Contexto económico

Embora a maioria da mídia síria seja financiada pelo Estado ou por pessoas próximas ao governo, as sanções econômicas impostas contra o país afetam o setor audiovisual tanto quanto outros setores da sociedade. Os repórteres ficam sem trabalho se não conseguirem se credenciar. Quanto aos meios de comunicação no exílio, seu financiamento se deve à perseverança dos jornalistas que desejam continuar relatando a situação na Síria em total liberdade.

Contexto sociocultural

A polarização da sociedade no conflito afeta a imprensa a tal ponto que alguns jornalistas se definem como “ativistas da mídia”. Suas páginas pessoais nas redes sociais cumprem plenamente o papel de veículo de comunicação e são fontes de informação para acompanhar a realidade em campo. Cada lado tem seus próprios códigos, suas terminologias e seus assuntos favoritos.

Segurança

Prisões, sequestros, torturas, assassinatos... Os jornalistas sírios são muitas vezes forçados ao exílio para evitar maus-tratos ou morte. Muitos deles, refugiados na Turquia, foram forçados a retornar ao seu país em 2019. Centenas de outros foram ameaçados com o mesmo procedimento, o que os teria exposto à prisão pelas autoridades sírias ou a abusos por vários grupos armados se as autoridades turcas não tivessem desistido definitivamente dessa medida.