Américas
Canadá
-
Ranking 2024
14/ 180
Nota: 81,7
Indicador político
11
86.23
Indicador econômico
21
66.35
Indicador legislativo
11
83.75
Indicador social
22
82.38
Indicador de segurança
36
89.76
Ranking 2023
15/ 180
Nota: 83,53
Indicador político
8
88.13
Indicador econômico
17
72.22
Indicador legislativo
7
86.48
Indicador social
15
88.26
Indicador de segurança
54
82.56

O Canadá mantém um forte compromisso com a proteção e as práticas internacionais de liberdade de imprensa, mas ainda há espaço para melhorias, principalmente no que diz respeito à cobertura midiática dos direitos dos povos indígenas e das disputas de terra.

Cenário midiático

Os dois maiores jornais do Canadá, The Globe and Mail National Post, gozam de ampla circulação no país. A maior empresa de rádio e televisão, The Canadian Broadcasting Corporation, financiada pelos contribuintes, produz duas horas de notícias diárias – uma local e outra nacional – e possui um canal de notícias permanente. Outros meios de comunicação incluem jornais locais, a televisão a cabo e outras fontes de Internet e rádio. Mais de 80% da mídia canadense pertence a apenas cinco empresas.

Contexto político

A mídia canadense geralmente não está sujeita à pressão de políticos, partidos ou movimentos políticos. Embora a emissora The Canadian Broadcasting Corporation pertença ao Estado, permanece independente em seu funcionamento. O governo reconheceu publicamente que "a liberdade dos meios de comunicação desempenha um papel importante nas sociedades democráticas e permanece essencial para a proteção dos direitos humanos e das liberdades fundamentais". 

Quadro jurídico

O Canadá tem demonstrado repetidamente seu compromisso jurídico com a liberdade de imprensa, principalmente por meio de “leis de proteção” destinadas a proteger os jornalistas e suas fontes. Em algumas ocasiões, no entanto, jornalistas foram presos enquanto cobriam protestos, principalmente aqueles relacionados aos direitos indígenas e ao uso da terra. A jornalista independente Amber Bracken foi presa em 2021 enquanto cobria um protesto contra um gasoduto no norte da Colúmbia Britânica. A jornalista Brandi Morin foi presa pela polícia de Edmonton em janeiro de 2024 enquanto cobria uma intervenção policial contra um acampamento de moradores de rua.  Essas detenções e acusações contra jornalistas podem estabelecer precedentes perigosos e ter um efeito inibidor sobre o jornalismo no Canadá.

Contexto económico

O declínio nas vendas de jornais impressos, que se iniciou há mais de 10 anos, foi recentemente exacerbado pela crise de Covid-19. A indústria fez sua conversão para a publicidade e as assinaturas online, mas a queda na receita levou ao fechamento dos meios de comunicação mais modestos. O governo canadense apoia ativamente o jornalismo local por meio de uma iniciativa de financiamento de mídia local para contratação de jornalistas. Em 2023, a radiotelevisão pública canadense (CBC) anunciou que iria cortar cerca de 10% do seu quadro de pessoal e o grupo TVA anunciou a demissão de quase um terço de seus funcionários.

Contexto sociocultural

Embora os canadenses declarem ainda ter alguma confiança na instituição jornalística, sua confiança na mídia diminuiu.

Segurança

No Canadá, de forma geral, os jornalistas podem trabalhar com total segurança. Contudo, aqueles que cobriram o Comboio da Liberdade em 2022, opondo-se à exigência de vacinação contra a Covid-19, receberam ameaças de morte, foram cuspidos e assediados física e verbalmente. A janela de um veículo da CBC Radio Canada foi quebrada. O assédio online representa uma ameaça, especialmente para jornalistas mulheres e membros de minorias.