Américas
Chile
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Ranking 2024
52/ 180
Nota: 67,32
Indicador político
32
68.84
Indicador econômico
76
46.98
Indicador legislativo
64
68.75
Indicador social
65
68.45
Indicador de segurança
68
83.57
Ranking 2023
83/ 180
Nota: 60,09
Indicador político
41
70.80
Indicador econômico
84
47.48
Indicador legislativo
79
65.09
Indicador social
80
65.58
Indicador de segurança
124
51.49

​​Embora a liberdade de imprensa esteja garantida na Constituição e no ordenamento jurídico chileno, nem sempre ela é respeitada na prática. O jornalismo investigativo vem perdendo terreno, e as agressões a repórteres estão aumentando. Os processos judiciais contra veículos de comunicação e jornalistas se tornaram uma estratégia recorrente com o objetivo de silenciar o jornalismo.

Cenário midiático

Embora, à primeira vista, os veículos de comunicação de massa pareçam oferecer alguma diversidade, a maior parte deles pertence aos mesmos grupos econômicos. Os principais jornais são El Mercurio e La Tercera, e os canais de televisão mais assistidos são Televisión Nacional de Chile (TVN), Mega, ChileVisión e T13. Quanto às rádios, as de maior audiência são Bío Bío, Cooperativa e ADN. A demanda pública por pluralismo informativo é cada vez maior, o que abriu espaço para o surgimento de veículos de comunicação alternativos – que ainda carecem de profissionalismo e fontes estáveis de financiamento.

Contexto político

Desde outubro de 2019, uma onda de manifestações populares levou a mudanças sem precedentes na história política do país e abalou o cenário das lideranças chilenas. Mas uma reforma constitucional, ainda que tenha despertado alguma esperança, foi rejeitada em setembro de 2022. Os princípios democráticos continuam sofrendo com a estagnação no nível institucional, inclusive na área da comunicação.

Quadro jurídico

A atual Constituição do Chile foi imposta pela ditadura civil-militar em 1980 e sofreu algumas modificações durante o terceiro governo da Concertación (2000-2006). Apesar de uma lei de imprensa sobre liberdade de opinião e informação e o exercício do jornalismo ter sido adotada em maio de 2001, a elaboração da nova Constituição, prevista para 2023, e uma nova proposta de modificação da regulamentação da imprensa não garantem o abandono de alguns princípios jurídicos da ditadura nem o direito à informação.

Contexto económico

No Chile, os principais veículos de comunicação pertencem a grandes grupos econômicos, e possíveis conflitos de interesse no tratamento de determinados temas (como meio ambiente e questões sociais) abalaram a confiança de grande parte da população. As mudanças exigidas pela sociedade civil revelaram a necessidade de um órgão regulador que apoie o profissionalismo dos meios de comunicação, as boas práticas jornalísticas, maior independência e apoio aos veículos de comunicação alternativos. 

Contexto sociocultural

Cidadãos e movimentos sociais demonstram desconfiança em relação às informações veiculadas pelos meios de comunicação de massa devido ao seu tratamento subjetivo (questões ignoradas ou, ao contrário, priorizadas) que exclui vozes e setores críticos. Embora ainda existam veículos de comunicação e jornalistas que contribuem para estabelecer uma certa confiança junto ao público, há uma evidente necessidade de pluralidade e diversidade midiática.

Segurança

O ressurgimento das manifestações populares e o questionamento do modelo político vigente têm incentivado a denúncia da violência perpetrada contra jornalistas pela polícia e pelos serviços de inteligência militar. As leis existentes não são eficazes para proteger os profissionais da informação e, apesar de algum progresso, os ataques a jornalistas e à mídia permanecem em grande parte impunes. As jornalistas, sobretudo, precisam ser protegidas.