Europa - Ásia Central
Tajiquistão
-
Ranking 2024
155/ 180
Nota: 33,31
Indicador político
153
27.26
Indicador econômico
159
31.64
Indicador legislativo
147
38.34
Indicador social
161
30.21
Indicador de segurança
145
39.10
Ranking 2023
153/ 180
Nota: 39,06
Indicador político
167
34.17
Indicador econômico
137
37.09
Indicador legislativo
123
51.57
Indicador social
160
36.17
Indicador de segurança
149
36.30

A tendência repressiva do presidente Emomali Rakhmon, descrito como “fundador da paz e da unidade nacional e líder da nação”, continua a piorar. Cada vez mais jornalistas escolhem o exílio, aqueles que permanecem se autocensuram.

Cenário midiático

A pressão governamental levou ao fechamento de muitos meios de comunicação independentes, como o jornal Ozodagon ou o site de notícias Akhbor, e forçou dezenas de jornalistas ao exílio. Apenas um terço da população tem acesso à Internet. O bloqueio quase permanente dos principais sites de informação e redes sociais levou muitos meios de comunicação tadjiques a se instalarem fora do país, e os jornalistas estrangeiros trabalham sob a ameaça do cancelamento de sua credencial, quando esta não é simplesmente recusada.

Contexto político

O governo monitora de perto o conteúdo transmitido no rádio, televisão e Internet, e o acesso à informação fornecida pelas autoridades continua a ser muito limitado para os meios de comunicação independentes.  Os jornalistas que não recorrem à autocensura estão sujeitos a assédio por parte do serviço secreto, intimidação e chantagem, e alguns são colocados na lista de “terroristas”. Qualquer cobertura dos protestos brutalmente reprimidos na Região Autônoma de Gorno-Badaquistão (GBAO) – que cobre quase metade do território tadjique – é proibida, sob pena de censura e prisão. As autoridades criaram fábricas de trolls com o objetivo de desacreditar qualquer discurso crítico. 

Quadro jurídico

As autoridades tadjiques utilizam indevidamente as disposições legais para punir o incitamento ao ódio, à discórdia ou à divulgação de informações falsas. Estas leis, que ameaçam diretamente os jornalistas, criam um clima de medo e os impedem de expressar qualquer visão crítica do regime.

Contexto económico

Obstáculos jurídicos e burocráticos, impostos pesados, subdesenvolvimento do mercado publicitário, inspeções surpresa por parte das autoridades de supervisão... São muitas as barreiras que dificultam o desenvolvimento econômico do setor de comunicação. Somam-se a isso os baixos salários que empurram jornalistas experientes para outras carreiras. Os meios de comunicação privados não recebem subsídios públicos, embora uma disposição do código de imprensa o permita explicitamente.

Contexto sociocultural

Os jornalistas não podem desempenhar qualquer papel na resolução dos problemas sociais, econômicos e políticos do país, porque o Estado não reage às suas publicações nem responde às suas perguntas. Eles têm dificuldade em abordar certos assuntos, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo ou relações extraconjugais. Após o início do conflito fronteiriço com o Quirguistão, em 2021, ataques e insultos contra o povo quirguiz foram publicados nos meios de comunicação e na Internet.

Segurança

Os jornalistas que criticam o governo correm o risco de serem agredidos fisicamente, intimidados, detidos ou mesmo encarcerados pelas autoridades policiais e pelo serviço secreto. Tornou-se quase impossível realizar investigações jornalísticas e publicar sobre assuntos considerados “sensíveis” pelas autoridades sem se colocar em perigo ou comprometer as pessoas próximas. Nos últimos anos, vários jornalistas foram condenados a penas pesadas de até 10 anos de prisão.