África
Serra Leoa
-
Ranking 2024
64/ 180
Nota: 64,27
Indicador político
67
54.55
Indicador econômico
92
43.56
Indicador legislativo
60
69.23
Indicador social
53
72.62
Indicador de segurança
77
81.39
Ranking 2023
74/ 180
Nota: 62,55
Indicador político
49
65.45
Indicador econômico
81
47.90
Indicador legislativo
77
65.90
Indicador social
71
72.24
Indicador de segurança
102
61.27

A lei garante a liberdade de imprensa em Serra Leoa. Embora os delitos de imprensa tenham sido descriminalizados durante o primeiro mandato do Presidente Julius Maada Bio, vários abusos contra a imprensa foram observados desde a sua reeleição, em 2023.

Cenário midiático

O panorama midiático é plural e geralmente independente. No final de 2022, Serra Leoa possuía um total de 531 meios de comunicação – incluindo 228 rádios, 242 jornais, 24 revistas, 26 canais de televisão locais e 11 canais de televisão digital via satélite –, embora muitos deles operem de forma irregular. Junto com a emissora estatal SLBC, os meios privados mais importantes são o canal de televisão AYV-TV, a rádio Democracy, os jornais Awoko Standard Times Newspapers. O meio mais popular é o rádio, seguido pela televisão. As estações de rádio comunitárias cobrem uma grande parte do território nacional, enquanto o alcance dos canais de televisão locais permanece principalmente limitado às cidades.

Contexto político

A maior parte da mídia está fora do controle direto de políticos que, por lei, só podem estabelecer jornais, não estações de rádio e televisão. Apesar desta disposição, os meios de comunicação continuam sujeitos à sua influência devido à falta de recursos e às falhas de gestão de muitos deles. Embora os jornalistas sejam livres para investigar todos os assuntos, incluindo os politicamente sensíveis, por vezes têm dificuldade com o acesso a informações relativas a instituições públicas.

Quadro jurídico

Em 2020, o dispositivo que criminalizava a difamação na Lei de Ordem Pública de 1965 foi revogado. A criação e a regulamentação da mídia são de responsabilidade da Comissão Independente de Mídia (IMC, em inglês), um órgão independente do governo e do controle político. As leis e políticas que regem os meios de comunicação são elaboradas em consulta com todas as principais partes interessadas do setor, incluindo a IMC e a Associação de Jornalistas de Serra Leoa (SLAJ).

Contexto económico

A maior parte da mídia está concentrada na capital, Freetown. A maioria dos jornalistas é mal paga e não dispõe dos equipamentos necessários para funcionar corretamente. Esta situação beneficia os políticos, que podem influenciar o conteúdo editorial em troca de apoio financeiro, material ou logístico. Os meios de comunicação sobrevivem, principalmente, da receita publicitária, sendo que o mercado é muito restrito. O governo fornece apoio financeiro trimestral ao principal sindicato dos jornalistas, o SLAJ, mas não concede quaisquer subsídios aos meios de comunicação independentes.

Contexto sociocultural

Os jornalistas são livres para cobrir a grande maioria das questões sociais sem correr o risco de censura ou represálias. Os ataques a jornalistas com base em gênero, status, etnia ou crenças religiosas são muito raros. No entanto, o uso das redes sociais para transmitir propaganda política, desinformação ou discurso de ódio é uma prática cada vez mais frequente. 

Segurança

Os períodos eleitorais são frequentemente marcados pela violência contra jornalistas, especialmente por parte de ativistas, e pelo medo do corte da Internet. Os jornalistas tampouco escapam ao assédio e às detenções pela polícia, que pode confiscar seus equipamentos. Eles também podem ser alvo de ameaças, campanhas de intimidação online ou até mesmo tentativa de homicídio ao trabalhar com temas sensíveis.

Ataques em tempo real em Serra Leoa

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