África
Gana
-
Ranking 2024
50/ 180
Nota: 67,71
Indicador político
51
59.50
Indicador econômico
72
47.92
Indicador legislativo
38
74.79
Indicador social
48
73.41
Indicador de segurança
72
82.94
Ranking 2023
62/ 180
Nota: 65,93
Indicador político
63
61.88
Indicador econômico
80
47.94
Indicador legislativo
31
79.62
Indicador social
47
78.98
Indicador de segurança
103
61.25

Reputado como um dos países mais democráticos da África, Gana possui um cenário midiático dinâmico e pluralista. No entanto, a criação de meios de comunicação por atores políticos  favoreceu o surgimento de conteúdos politizados e sem independência.

Cenário midiático

Graças à Constituição de 1992 que autoriza a criação de meios de comunicação não licenciados, Gana possui pelo menos uma centena de veículos de imprensa, seja rádio, televisão ou sites de notícias. Muitos meios de comunicação privados são muito populares, como o canal Joy News, o site myjoyonline ou a rádio Peace FM, testemunho de um verdadeiro pluralismo e diversidade. Eles possuem a independência necessária para operar sem restrições políticas. A emissora pública, a Ghana Broadcasting Corporation, (GBCTVRádio GBC), tem cobertura nacional. Existem inúmeras estações de rádio comunitárias em todo o país. No entanto, as medidas tomadas pelas autoridades para promover o pluralismo no setor favoreceram, nos últimos anos, o surgimento de meios de comunicação partidários criados por atores políticos.

Contexto político

Embora o país seja considerado o melhor aluno da região em termos de democracia, a pressão sobre os jornalistas aumentou nos últimos anos.  Para proteger seus empregos e segurança, eles estão recorrendo cada vez mais à autocensura, com o governo sendo intolerante a críticas.  Além disso, um terço da mídia do país é de propriedade de políticos ou pessoas filiadas a partidos políticos tradicionais, e o conteúdo que eles produzem é em grande medida partidário. Além disso, os membros da Comissão Nacional de Mídia são escolhidos pelo governo. A mídia privada não sofre nenhuma influência do governo em questões de nomeação. Contudo, em outubro de 2023, o partido no poder enviou uma carta ao Despite Media Group, operador do canal de televisão privado United TV, solicitando a inclusão de um de seus integrantes em suas transmissões para garantir, segundo ele, seu equilíbrio.

Quadro jurídico

A liberdade dos meios de comunicação é garantida pela Constituição de 1992 e eles são livres para operar como bem entenderem, sujeitos aos regulamentos da Comissão Nacional de Mídia. A Lei de Acesso à Informação, aprovada em 2019, dá aos jornalistas o direito de exigir informações em benefício da nação. No entanto, uma cláusula no texto permite a cobrança de uma taxa se a informação for solicitada em outro idioma que não o inglês - um dispositivo usado para impedir os jornalistas de acessar as informações que buscam.

Contexto económico

Em Gana, a maioria dos meios de comunicação enfrenta dificuldades financeiras, que se traduzem em baixos salários e más condições de trabalho para jornalistas. É comum que novos jornais cheguem às bancas e desapareçam em poucos meses, por não conseguir cobrir seus custos de produção. Os meios de comunicação públicos, por outro lado, se beneficiam de contratos governamentais de publicidade e remuneração em troca da publicação de informações.  A publicidade estatal é distribuída através de um processo pouco transparente e desigual.

Contexto sociocultural

As questões culturais e religiosas nunca foram um obstáculo à prática do jornalismo em Gana. Existe uma tolerância geral no país, o que permite aos jornalistas cobrir todas as questões sociais sem qualquer dificuldade particular, sem temer represálias.

Segurança

A segurança dos jornalistas se deteriorou gravemente nos últimos anos. Vários ataques à liberdade de imprensa foram registrados, incluindo a invasão de apoiadores do partido no poder a um estúdio ou o ataque a um jornalista ao vivo, em outubro de 2023. Soma-se a isso a recorrência de ameaças de morte de líderes políticos contra jornalistas investigativos. A grande maioria dos casos de agressão da polícia contra profissionais da mídia permanece sem resposta, assim como os assassinatos: cinco anos após a morte brutal do jornalista investigativo Ahmed Hussein Suale, a investigação está paralisada. Pior ainda, o Procurador-Geral e o Ministro da Justiça de Gana declararam ao Parlamento no início de 2024 que não tinha sido iniciado nenhum processo criminal, devido à falta de provas no relatório dos investigadores.

Ataques em tempo real em Gana

Assassinados a partir de 1o de janeiro 2024
0 jornalistas
0 colaboradores de meios
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Detidos atualmente
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0

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