Líder em tecnologias de comunicação, a República da Coreia é uma democracia liberal que respeita a liberdade e o pluralismo da mídia, embora a tradição e os interesses comerciais muitas vezes impeçam os jornalistas de desempenhar seu papel.
Cenário midiático
A Coreia do Sul possui um rico cenário midiático, composto por mais de 400 emissoras e 600 jornais diários. Os principais jornais nacionais são Chosun Ilbo, Korea JoongAng Daily e Dong-a (conservadores), Hankyoreh e Kyunghyang Shinmun (progressistas) e Hankook Ilbo (centrista). Embora a televisão continue popular, a internet se tornou, nos últimos anos, a principal fonte de acesso à informação. Muitos internautas se informam por meio de portais de notícias como o Naver, enquanto plataformas de vídeo como o YouTube se tornam cada vez mais populares.
Contexto político
Os jornais conservadores claramente dominam a mídia impressa sul-coreana, mas o setor de transmissão, dominado pela emissora estatal Korean Broadcasting System (KBS), oferece mais diversidade. Uma regulamentação indulgente dá ao executivo controle sobre a nomeação de diretores de grupos públicos, o que pode representar uma ameaça à sua independência editorial.
Quadro jurídico
O artigo 67 da constituição norte-coreana prevê a liberdade de imprensa, mas o regime desrespeita sistematicameAs leis de liberdade de informação da Coreia do Sul atendem aos padrões internacionais, mas a difamação ainda é, em teoria, passível de até sete anos de prisão, o que pode levar a mídia a omitir detalhes importantes em certos artigos, como nomes de pessoas e empresas. Jornalistas acusados de violar a lei de segurança nacional por divulgar informações confidenciais, principalmente sobre a Coreia do Norte, podem pegar até sete anos de prisão.nte este princípio.
Contexto económico
Embora os jornalistas sul-coreanos se beneficiem de um ambiente editorial relativamente independente, a receita dos meios de comunicação depende muito da publicidade, o que pode influenciar sua linha editorial. Uma pesquisa realizada em 2021 pela Fundação da Imprensa Coreana (Korea Press Foundation - KPF) revelou que mais de 60% dos jornalistas consideram os anúncios publicitários uma ameaça à liberdade de imprensa. A aquisição de um número cada vez maior de meios de comunicação por empresas de diferentes setores também representa um risco de conflitos de interesse.
Contexto sociocultural
Os meios de comunicação sul-coreanos enfrentam pressão de políticos, funcionários do governo e conglomerados empresariais. De acordo com uma análise da Comissão de Arbitragem da Imprensa Coreana divulgada em 2020, as disputas relacionadas à mídia aumentaram constantemente na última década. Segundo um relatório de 2018 da Fundação de Imprensa Coreana (Korea Press Foundation), de 301 jornalistas pesquisados, 27,6% disseram que já foram processados por suas reportagens, principalmente por "difamação" (78,3%). Quase um terço dos queixosos são políticos e funcionários públicos de alto escalão (29%).
Segurança
Embora realizem seu trabalho em condições de modo geral satisfatórias, os jornalistas podem ser vítimas de assédio online, uma prática contra a qual encontram pouca proteção. Mais de 30% dos jornalistas que participaram da pesquisa realizada em 2021 pela Fundação da Imprensa Coreana afirmaram ter sido vítimas de assédio devido ao seu status profissional. O assédio ocorre principalmente por meio de telefonemas, mensagens de texto e e-mails, mas comentários de “trolls” na internet e processos legais abusivos também são frequentes.