Neste pequeno país, o pluralismo da informação e o jornalismo de qualidade são ameaçados pelo tamanho do mercado e pela interferência quase constante do poder político e econômico. A mídia privada é controlada por banqueiros e empresários com fortes interesses locais.
Cenário midiático
O pequeno tamanho de Andorra e a concentração de fortes interesses econômicos limitam não apenas o número de meios de comunicação, mas também sua independência. A rede estatal RTVA, em grande parte sob influência do governo, convive com o mercado de jornais diários, dominado pelo Diari d'Andorra. Entre as outras publicações, algumas são controladas por banqueiros com fortes interesses locais. A única “agência de notícias” do principado funciona mais como uma agência de comunicação.
Contexto político
A tradição democrática relativamente recente do principado e a influência das elites econômicas em todas as instituições favorecem uma certa opacidade nas relações entre o poder político e a mídia. Consequentemente, é difícil para os jornalistas exercerem seu papel de contrapoder.
Quadro jurídico
Embora a censura oficial não exista, os jornalistas são empurrados para a autocensura pela proximidade da mídia pública com o governo e pela influência das elites econômicas e financeiras na mídia privada. Em vez de revelar escândalos financeiros, eles são obrigados a relatar a vida cotidiana no principado.
Contexto económico
A influência bancária é onipresente no país, condicionando os investimentos publicitários e, na ausência de mecanismos de proteção da independência editorial, a linha editorial dos veículos de imprensa.
Contexto sociocultural
A independência dos meios de comunicação é ameaçada por uma certa hostilidade ao pluralismo de ideias em uma sociedade sob forte influência da Igreja Católica. Além disso, um sistema jurídico arcaico torna de fato impossível para os jornalistas terem acesso a fontes confiáveis, incluindo entrevistas com juízes e magistrados.