A mídia é muito polarizada em Belize, o que torna controversa qualquer cobertura de notícias políticas ou casos criminais. Ao cobrir as notícias, alguns jornalistas geralmente demonstram a sua lealdade a um ou outro dos dois principais partidos políticos. Os principais jornais apartidários do país são o quinzenal Amandala e o semanal The Reporter. Channel 5 e Channel 7 são os canais de televisão de maior audiência.

Belize é uma monarquia parlamentar multipartidária, membro da Commonwealth. O Primeiro Ministro é o chefe do governo e o Governador Geral é o chefe de estado que representa o monarca britânico. O país tem uma vida política bastante estável há quatro décadas, com uma alternância de poder bastante regular entre os dois principais partidos políticos. Casos criminais e vida política, muito veiculados na mídia, são muitas vezes fontes de discórdia entre a imprensa e o governo. As autoridades acusam regularmente alguns meios de comunicação de recorrerem ao “sensacionalismo” para tratar desses assuntos, o que, segundo eles, colocaria em perigo o turismo, principal motor econômico do país.

O Estado tenta censurar jornalistas e meios de comunicação excessivamente críticos por meio de intimidação e ameaças de julgamentos por difamação longos e dispendiosos. 

Não há jornal diário em Belize, o que empobrece a oferta de mídia. Entre os títulos considerados populares, alguns apoiam partidos políticos, mesmo quando pertencem ao setor privado. Os meios de comunicação independentes estão pouco presentes e o acesso ao financiamento é limitado. A maior parte dos fundos publicitários dos quais os editores de meios de comunicação dependem vem do governo, sendo frequentemente distribuídos de acordo com o partido que está no poder.  

Ex-Honduras Britânicas, Belize conquistou a independência em 1981. O país é pouco povoado - mais de 400 mil habitantes -, mas possui uma das maiores taxas de homicídio por habitante do mundo. Assuntos criminais e vida política são os dois temas mais abordados pela mídia.

Os jornalistas são por vezes alvos de ameaças, intimidação e assédio. Principalmente aqueles que cobrem processos criminais, que muitas vezes enfrentam ameaças de réus ou de seus familiares pela publicação de imagens e artigos.