Europa - Ásia Central
Cazaquistão
-
Ranking 2024
142/ 180
Nota: 41,11
Indicador político
148
30.33
Indicador econômico
137
35.42
Indicador legislativo
148
37.91
Indicador social
123
50.85
Indicador de segurança
125
51.02
Ranking 2023
134/ 180
Nota: 45,87
Indicador político
134
44.06
Indicador econômico
143
36.03
Indicador legislativo
139
44.34
Indicador social
104
59.37
Indicador de segurança
133
45.54

Enquanto a qualidade da informação online melhora, a repressão é modernizada com o aumento do controle da Internet, único espaço onde uma imprensa independente pode se expressar.

Cenário midiático

Arruinado por uma sucessão de reformas repressivas desde 1997, o panorama midiático serve principalmente à propaganda do regime cazaque. Restam apenas alguns títulos independentes, como Vlast.kzUralskaya Nedelia, Respublika.kz ou a agência de notícias KazTAG. Mas projetos alternativos lançados por jornalistas profissionais estão sendo desenvolvidos no YouTube, Telegram ou Instagram, como ProtengeZa nami uzhe vyekhali ou Guiperboreï (“Hiperbórea”), que contradizem a narrativa da mídia pró-governo.

Contexto político

As autoridades impedem por todos os meios – prisões, violência, bloqueio de telecomunicações, cortes da Internet – a cobertura midiática de grandes eventos, como os protestos sem precedentes contra o governo, em janeiro de 2022. O acesso à informação é restrito e as perguntas dos jornalistas durante as coletivas do governo são censuradas. O Estado paga meios de comunicação privados para disseminar a sua propaganda e a nomeação de editores-chefes dos meios de comunicação estatais e paragovernamentais depende do poder político. O próprio Ministério da Informação atua como regulador da mídia.

Quadro jurídico

Embora a Constituição proíba a censura, ela ainda é praticada. A difamação foi descriminalizada, mas não a “disseminação consciente de informações falsas”. O direito ao sigilo das fontes pode ser revogado por simples decisão judicial.  A reforma em curso da lei da comunicação pode reforçar ainda mais o controle do governo sobre a imprensa: o Ministério das Relações Exteriores poderá recusar arbitrariamente o credenciamento de qualquer meio de comunicação ou jornalista por motivos de "segurança nacional", conceito vagamente definido.

Contexto económico

O apoio estatal aos meios de comunicação depende diretamente da promoção da agenda e da propaganda das autoridades. Privados de subsídios públicos, os meios de comunicação independentes dependem principalmente da publicidade e competem com aqueles que são leais ao poder e têm, portanto, formas de baixar os preços do seu espaço publicitário.

Contexto sociocultural

A profissão desperta desconfiança generalizada na sociedade, que está mais propensa a acreditar em blogueiros ou usuários anônimos das redes sociais. A acusação de corrupção é amplamente utilizada contra jornalistas quando o tratamento dado a um assunto desagrada. Os obstáculos ao trabalho dos jornalistas estão frequentemente ligados ao desconhecimento da lei, e os agentes de segurança de instituições estatais ou empresas privadas não hesitam em usar a força contra os profissionais da comunicação.

Segurança

Alguns meios de comunicação estão sujeitos a ataques cibernéticos e jornalistas são vítimas de ameaças e ataques direcionados ligados à sua atividade profissional, sobretudo nas redes sociais, e em particular no interior, muitas vezes por pessoas diretamente citadas nas publicações. Jornalistas não alinhados com o governo correm o risco de detenção.  Alguns são espionados, conforme revelado pelo “Project Pegasus”.