Ranking 2024
65/ 180
Nota: 63,14
Indicador político
61
55.80
Indicador econômico
73
47.44
Indicador legislativo
66
67.90
Indicador social
111
55.40
Indicador de segurança
42
89.19
Ranking 2023
55/ 180
Nota: 68,62
Indicador político
50
64.66
Indicador econômico
56
53.12
Indicador legislativo
52
71.89
Indicador social
85
64.98
Indicador de segurança
29
88.44

Embora a liberdade de imprensa seja garantida pela Constituição, o governo, a Igreja Ortodoxa e os interesses comerciais exercem uma influência significativa sobre os meios de comunicação no Chipre. A disputa de longa data entre os cipriotas gregos e turcos também tem uma influência significativa no funcionamento da mídia.

Cenário midiático

O Chipre possui vários jornais diários (Phileleftheros, Alithia, Haravghi, etc.), semanários, canais de televisão e estações de rádio. Mas dois dos quatro maiores jornais são afiliados a partidos políticos. A interferência direta nas escolhas editoriais, a crescente concentração dos meios de comunicação e a falta de transparência relativa à propriedade dos meios de comunicação impressos e digitais minam o pluralismo e levam os jornalistas à autocensura.

Contexto político

Embora a integridade física e a segurança dos jornalistas não sejam ameaçadas, os meios de comunicação são alvo de ataques verbais por parte dos políticos, o que contribui para cercear a liberdade de expressão. A relação informal entre políticos e proprietários de meios de comunicação reforça a ingerência direta no trabalho editorial, bem como um senso generalizado de dever e lealdade ao governo com relação à questão cipriota. O governo nomeia o conselho de administração da emissora pública.

Quadro jurídico

A difamação não é considerada crime, mas o Procurador-Geral pode autorizar o processo criminal de um meio de comunicação. Existem salvaguardas regulamentares para a proteção das fontes e a autonomia editorial é garantida, mas mecanismos ou procedimentos para proteger os jornalistas e prevenir interferências políticas são limitados. A legislação protege as comunicações privadas, mas não existem regras claras sobre a utilização de dispositivos de interceptação por razões de segurança nacional. Ações civis por difamação contribuem para a autocensura e desencorajam os jornalistas investigativos.

Contexto económico

O restrito mercado publicitário e a recente crise econômica tornaram os meios de comunicação cada vez mais vulneráveis à influência de interesses comerciais. Além disso, muitos proprietários de meios de comunicação têm participações em outros setores da economia ou estão diretamente envolvidos na política. A dependência da mídia do apoio publicitário e financeiro aumentou a influência das empresas e dos proprietários sobre o conteúdo editorial. O fato de os meios de comunicação privados dependerem de subsídios estatais – cuja atribuição não é transparente – e de as emissoras públicas dependerem do financiamento público também ameaça a independência editorial e reforça a autocensura.

Contexto sociocultural

A questão cipriota é um tabu e espera-se que todos os jornalistas tenham um senso de dever de lealdade para com o governo nesta matéria. Repórteres que questionam a narrativa oficial são muitas vezes qualificados como "traidores". O Estado também proíbe o uso de certos termos relacionados ao problema cipriota.

Segurança

O país não sofre com detenções arbitrárias ou assassinatos de jornalistas, mas há ataques verbais regulares cometidos por funcionários públicos contra a mídia, o que afeta a liberdade de expressão. Embora não haja ameaças ou ataques físicos graves, os jornalistas também são frequentemente vítimas de assédio online. Há alegações de vigilância estatal e de invasão de dispositivos e arquivos eletrônicos de um jornalista que escreveu um livro sobre corrupção, mas o inquérito policial não produziu resultados.