Ranking 2024
43/ 180
Nota: 71,6
Indicador político
47
63.13
Indicador econômico
70
48.18
Indicador legislativo
30
78.25
Indicador social
33
78.57
Indicador de segurança
34
89.88
Ranking 2023
49/ 180
Nota: 70,61
Indicador político
53
63.75
Indicador econômico
76
48.53
Indicador legislativo
48
73.82
Indicador social
32
82.95
Indicador de segurança
46
83.98

Apesar de um cenário pluralista, os meios de comunicação continuam polarizados. O país enfrenta um nível sem precedentes de desinformação e discurso de ódio, particularmente no que diz respeito ao conflito territorial em Nagorno-Karabakh e à ameaça permanente de guerra entre Armênia e Azerbaijão.

Cenário midiático

A principal fonte de informação é constituída por redes sociais, visitadas diariamente por dois terços da população. Desde a “Revolução de Veludo” em 2018, o panorama midiático cresceu e sites de notícias independentes que prosperam online, como Civilnet.amhetq.amFactor.am Azatyun.am, cumprem o seu papel como contrapoder essencial à democracia. No entanto, a maioria dos meios de comunicação audiovisuais ou impressos, afiliados a grandes interesses políticos ou comerciais, continuam a enfrentar pressão nas suas políticas editoriais.

Contexto político

A polarização dos meios de comunicação espelha a do cenário político: grande parte da imprensa está próxima dos líderes que chegaram depois de 2018, enquanto a outra permanece fiel aos antigos oligarcas. Apenas alguns meios de comunicação demonstram independência. Dois assuntos políticos são particularmente sensíveis: a limpeza étnica dos armênios de Nagorno-Karabakh e as relações tensas entre a Armênia e a Rússia. Alguns grupos políticos realizam operações de desinformação e atacam jornalistas.

Quadro jurídico

Apesar da descriminalização da difamação e do estabelecimento de um arcabouço jurídico que garante a transparência da propriedade dos meios de comunicação, o contexto jurídico que regula o setor não oferece proteções suficientes para a liberdade de imprensa e não respeita as normas europeias. As reformas recentes não resolveram os problemas causados pela desinformação e pelos processos mordaça. O acesso à informação pública é limitado pelo governo (recusa de respostas, atrasos, etc.).

Contexto económico

A maioria dos meios de comunicação é controlada por indivíduos próximos dos movimentos políticos ou apoiados por figuras públicas influentes. Poucos meios de comunicação utilizam um sistema de assinatura paga e o mercado publicitário continua subdesenvolvido, limitando a independência financeira dos meios de comunicação privados. Quanto à mídia pública, ela se abstém de qualquer crítica ao governo.

Contexto sociocultural

A profissão de jornalista é alvo de difamação e discurso de ódio particularmente preocupantes no país.  As elites políticas sustentam uma retórica antimídia e acusam os jornalistas de serem corruptos e de estarem a serviço de seus adversários, o que gera um clima de intolerância e dificulta o trabalho desses profissionais. Estes são regularmente alvo de insultos, ataques e processos judiciais abusivos por calúnia, o que reforça a autocensura.

Segurança

Confrontos na fronteira com o Azerbaijão complicam o trabalho dos jornalistas. Além disso, eles sofrem regularmente pressões, insultos ou violência por parte de políticos eleitos da maioria e da oposição, e dos seus apoiadores – no Parlamento, na rua, nas redes sociais. De modo geral, a violência contra jornalistas permanece impune.