Ranking 2023
49/ 180
Nota: 70,61
Indicador político
53
63.75
Indicador econômico
76
48.53
Indicador legislativo
48
73.82
Indicador social
32
82.95
Indicador de segurança
46
83.98
Ranking 2022
51/ 180
Nota: 68,97
Indicador político
55
66.26
Indicador econômico
81
44.44
Indicador legislativo
45
77.88
Indicador social
63
76.33
Indicador de segurança
47
79.91

Apesar de um panorama plural, a mídia continua polarizada. O país vem enfrentando um nível sem precedentes de desinformação e discursos de ódio, sobretudo no que diz respeito à disputa territorial travada entre a Armênia e o Azerbaijão pela região de Nagorno-Karabakh.

Cenário midiático

A principal fonte de informação na Armênia são as redes sociais, acessadas diariamente por dois terços da população. Desde a “Revolução de Veludo” de 2018, o cenário midiático se diversificou. Sites de notícias independentes como Civilnet.am, hetq.am, Factor.am e Azatutyun.am estão prosperando online, cumprindo o seu papel de contrapeso essencial à democracia. No entanto, a maior parte dos veículos do setor de rádio e TV e da mídia impressa, afiliados a importantes interesses políticos ou comerciais, continua a sofrer pressão em relação a sua política editorial.

Contexto político

A polarização da mídia é reflexo do cenário político: grande parte dos veículos de imprensa é próxima dos líderes políticos que chegaram ao poder depois de 2018, enquanto a outra parte permanece fiel aos antigos oligarcas. Apenas um punhado de meios de comunicação demonstra verdadeira independência. Duas questões políticas são particularmente sensíveis: o conflito de Nagorno-Karabakh e a guerra da Rússia contra a Ucrânia. Alguns grupos políticos fazem campanhas de desinformação e atacam jornalistas.

Quadro jurídico

Apesar da descriminalização da difamação e do estabelecimento de um arcabouço legal que garante a transparência da propriedade dos meios de comunicação, o arcabouço jurídico que regula o setor não oferece proteção suficiente à liberdade de imprensa e não está de acordo com os padrões europeus. As reformas recentes não resolveram os problemas da desinformação e de “processos-mordaça”. O acesso à informação pública é limitado pelo governo (recusa de respostas, atrasos etc.).

Contexto económico

A maioria dos veículos de comunicação é controlada por indivíduos próximos de movimentos políticos ou apoiada por figuras públicas influentes. Apenas alguns veículos adotam o modelo de assinatura paga, e o mercado publicitário continua pouco desenvolvido, o que limita a independência financeira da mídia privada. Os meios de comunicação públicos evitam qualquer crítica ao governo.

Contexto sociocultural

O jornalismo no país é alvo de difamação e discursos de ódio particularmente preocupantes. A retórica das elites políticas contra os meios de comunicação, que elas acusam de serem “corruptos” e de estarem a serviço de seus adversários, cria um clima de intolerância que dificulta o trabalho dos jornalistas. Esses profissionais são regularmente vítimas de insultos, ataques e processos judiciais abusivos por calúnia, o que reforça a autocensura.

Segurança

Os confrontos na fronteira com o Azerbaijão e o bloqueio do corredor de Lachin, que liga o enclave de Nagorno-Karabakh, em território azerbaijano, à Armênia, dificultam o trabalho dos jornalistas. Além disso, esses profissionais sofrem constantemente com pressões, insultos e violência por parte dos representantes eleitos tanto do partido no poder quanto da oposição, bem como de seus apoiadores – no Parlamento, na rua e nas redes sociais. De maneira geral, os atos de violência contra jornalistas ficam impunes.