RSF exige a libertação de três jornalistas chineses em carta ao Procurador Chefe de Guangdong

A Repórteres Sem Fronteiras (RSF) exige a libertação de três jornalistas especializados em cobrir temas relacionados com direitos trabalhistas em uma carta ao procurador-chefe da província de Guangdong.

A RSF enviou uma carta hoje a Lin Yiying, Procurador-Geral da Província de Guangdong, exigindo a libertação imediata dos três editores da iLabour, Yang Zhengjun, Wei Zhili e Ke Chengbing.

"Esses jornalistas estavam servindo ao interesse público expondo violações trabalhistas com risco de vida e, portanto, nunca deveriam ter sido presos", disse Christophe Deloire, secretário-geral da RSF, que insiste que a Constituição chinesa "consagra a liberdade de imprensa e condições de trabalho seguras".

Os três jornalistas foram presos por conta da acusação vaga e infundada de “causar brigas e provocar problemas” em janeiro e março, respectivamente. Aparentemente, eles ainda estão detidos em regime de incomunicabilidade, baixo o sistema de Vigilância Residencial em um Local Designado (RSDL), que priva os detidos de seus direitos e os expõe à tortura e maus-tratos.

Pelo menos 114 jornalistas e blogueiros estão atualmente presos em condições de risco de vida na China. O país ocupa a 177a posição entre 180 países no Ranking Mundial de Liberdade de Imprensa de 2019 da RSF.


Leia a carta na íntegra:

Publié le
Updated on 02.08.2019