RSF: “alegria e alívio” após a libertação de Olivier Dubois

Após quase dois anos de mobilização para obter a sua libertação, a RSF saúda e comemora a libertação do jornalista francês Olivier Dubois, detido há 711 dias por um grupo armado afiliado à Al-Qaeda no Sahel.

Sentimos alegria e um imenso alívio. Recebemos várias notícias tranquilizadoras de nosso colega nos últimos meses, e novamente muito recentemente: ele parecia em boa forma, mas a duração de seu cativeiro nos preocupava. Agradecemos às autoridades francesas por terem implementado os meios necessários para garantir sua libertação. É uma honra para a França não desistir dos reféns e permitir que eles recuperem sua liberdade. Pensamos em sua família, especialmente em sua companheira e em seu filho. Saudamos a mobilização de todos os que participaram da campanha por sua libertação.

Christophe Deloire
Secretário-Geral da Repórteres Sem Fronteiras (RSF)

O jornalista francês reapareceu livre e sorridente em Niamey, no Níger, nesta segunda, 20 de março. Mobilizado a vários meses, o país desempenhou um papel importante na libertação do jornalista.

Olivier Dubois, que colaborava sobretudo com os jornais franceses Libération, Le Point et Jeune Afrique, havia sido sequestrado no dia 8 de abril de 2021 em Gao, no nordeste do Mali, onde foi entrevistar um líder de um grupo armado. Um mês depois, em 5 de maio de 2021, ele apareceu em um vídeo para confirmar que havia sido feito refém pelo Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos (GNIM), afiliado à Al-Qaeda.

Desde que foi sequestrado, a RSF organizou inúmeras iniciativas para garantir a sua libertação: criação de um órgão de coordenação com seus familiares, com a grande mídia e repórteres que já haviam sido reféns, organização de reuniões de apoio, lançamento de banners em mais de vinte cidades francesas, projeção do retrato do jornalista no Panteão de Paris em 7 de março, operação solidária lançada com canais de TV e rádios.

Nunca um jornalista francês teve que suportar um cativeiro tão longo desde a série de sequestros de cidadãos ocidentais no Líbano na década de 1980. Entre 1985 e 1988, o grande repórter do L’Événement du jeudi, Jean-Paul Kauffmann, permaneceu 1.078 dias, ou quase três anos, nas mãos do Hezbollah.

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