Yoweri MUSEVENI
Presidente desde 1986, está entre os governantes mais antigos no poder na África e no mundo. Foi reeleito para o sexto mandato em 2021, após uma eleição marcada por forte repressão, principalmente de jornalistas.
Predador desde meados da década de 1990
Uganda, 125o/180 no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa 2021
MODO DE PREDAÇÃO: discurso de ódio e assédio
Insultos, ameaças, calúnias: Yoweri Museveni ataca regular e publicamente os jornalistas e os meios de comunicação que o criticam ou questionam sua gestão autoritária. Às vezes qualificados como "parasitas", outras, acusados de serem “estúpidos”, “diabólicos” ou “inimigos do país”, os jornalistas foram chamados de “semeadores de rumores que precisam comer” pelo presidente de Uganda em uma entrevista coletiva em 2018, ao lado de seu hilário homólogo ruandês, Paul Kagame. Os ataques verbais de Museveni servem de aval aos serviços de segurança, que regularmente agridem jornalistas: violência, destruição de equipamentos, prisões arbitrárias... Além da repressão, existe a censura. A Internet é bloqueada regularmente e as redes sociais são vigiadas por uma brigada de oficiais e especialistas em TI. O sistema é complementado por pressões econômicas, administrativas e judiciais. Os titulares de contas nas redes sociais estão sujeitos desde 2018 ao pagamento de uma taxa diária e os anunciantes são pressionados a não financiar veículos de comunicação críticos. Estes últimos, às vezes, são suspensos arbitrariamente ou processados para que silenciem.
ALVOS PREFERIDOS: os jornalistas e meios de comunicação independentes
DISCURSO OFICIAL: insulto e desprezo
“Respeitamos a liberdade de imprensa, mas vejam bem, os meios de comunicação, sobretudo os ocidentais, são arrogantes. (...) Eles chegam e impõem sua ignorância à nossa sociedade. Esse é o problema. Como podemos lidar com esses ignorantes arrogantes?” (Entrevista na NPR, 12 de janeiro de 2021).