Rodrigo DUTERTE
Presidente da República das Filipinas desde 30 de junho de 2016
Predador desde que chegou ao poder
Filipinas, 138o/180 no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa 2021
MODO DE PREDAÇÃO: “guerra total” contra a imprensa independente
Eleito em 1988 prefeito da cidade de Davao, no sul do arquipélago filipino, Rodrigo Duterte desenvolveu ali, sob o pretexto de uma luta contra o crime, um método de governança que pouco preza pelo respeito ao Estado. Os meios de comunicação locais rapidamente se tornaram vítimas de seu estilo brutal, que não tolera críticas ou mesmo nuances em relação a suas políticas. E foi graças a uma retórica abertamente populista que aquele que recebeu a alcunha de “punisher” chegou à presidência da República em 2016. Sua ascensão ao poder revela as fraquezas do sistema democrático filipino. Diante de um poder Executivo hipertrofiado em torno da figura do líder, os juízes que não seguem sua linha são isolados, enquanto o Congresso, que age mais como um Parlamento vendido, endossa todas as suas decisões. Com amplo apoio do empresariado, Rodrigo Duterte impõe com muita facilidade sua linha aos meios de comunicação controlados por magnatas próximos a ele. Nesse contexto, é a imprensa independente que assume o papel de contrapoder, com todos os riscos que essa postura traz. Com a força do conluio de todas as engrenagens do Estado, o Presidente Duterte dispõe de um arsenal que permite travar uma “guerra total” contra os jornalistas: prestar queixas espúrias por difamação, sonegação de impostos ou por violação da legislação sobre o capital; revogar licenças de transmissão; comprar órgãos de imprensa e dirigir a redação via seus cúmplices; assediar jornalistas online com um exército de trolls...
ALVOS PREFERIDOS: as últimas fontes de resistência
DISCURSO OFICIAL: o insulto
"Não é porque você é um jornalista que está isento de ser assassinado se você for um filho da puta" (30 de junho de 2016, durante sua posse).