Balanço 2015

O departamento Assistência do Secretariado Internacional de Repórteres sem Fronteiras (RSF) e seu homólogo berlinense têm a seu cargo a coordenação do apoio administrativo, material e financeiro que a organização concede aos jornalistas e veículos de comunicação em dificuldade.

Em 2015, os dois serviços atribuíram mais de 200 bolsas de assistência, num total de aproximadamente 210 000€.


À semelhança de 2014, cerca de 80% destas bolsas de apoio foram concedidas a indivíduos. No entanto, o montante da ajuda atribuída pelo Secretariado Internacional de RSF destinada ao apoio da atividade de meios de comunicação ou de organizações de defesa da imprensa e dos jornalistas correspondeu a cerca de 50% das despesas de assistência.


Origem geográfica dos jornalistas assistidos

Cinco anos de conflito e de represálias sistemáticas por parte de elementos do regime de Damasco, de grupos armados “de oposição”, de membros da Frente Al-Nosra, do autodenominado Estado Islâmico e de outras milícias extremistas no conjunto do território sírio provocaram o exílio de mais de 300 jornalistas sírios profissionais ou não profissionais. RSF continuou ajudando-os em 2015. Mais de 40% das bolsas de assistência concedidas em 2015 foram para jornalistas originários de países do Oriente Médio, principalmente jornalistas sírios. As bolsas tinham como objetivo ajudá-los a enfrentar as dificuldades vividas nos países limítrofes da Síria (Jordânia, Líbano, Turquia), para os quais haviam fugido em busca de segurança.

Vítimas de uma crise política e de uma repressão sem precedentes em 2015, os profissionais da informação burundineses também figuram entre os principais beneficiários das bolsas de apoio individual.

O seguinte gráfico representa a distribuição das bolsas de assistência atribuidas em 2015 por origem geográfica dos beneficiários:



Categorias de problemas enfrentados pelos jornalistas

A maioria (42%) das bolsas de assistência concedidas por RSF em 2015 tinham como objetivo permitir a seus beneficiários cobrir suas necessidades básicas, nomeadamente em situações de exílio no primeiro país de acolhimento, onde os jornalistas à chegada se encontram frequentemente sem recursos nem rendimentos.

20% das bolsas concedidas visavam permitir aos jornalistas garantir sua segurança: relocalização temporária ou refúgio preventivo no estrangeiro ou em seu próprio país, mudança de residência, etc.

As bolsas destinadas a apoiar as atividades de jornalistas, meios de comunicação ou organizações de defesa da liberdade de informação representaram 13% do total de apoios concedidos e cerca de 50% dos fundos de assistência distribuídos pelo Secretariado Internacional de RSF em 2015. Estes fundos proporcionaram um apoio material e financeiro aos beneficiários das formações sobre segurança digital realizadas por RSF no âmbito de seu programa Libnet. Para além disso, no início de 2015 foram efetuadas várias operações de apoio à mídia centro-africana, vítima do conflito que abalou o país em 2014.


O seguinte diagrama apresenta a distribuição da ajuda financeira de acordo com a finalidade das bolsas de assistência concedidas:

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